quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dr. Joaquim pedro Corrêa de Freitas Patrono da Escola


Nasceu na cidade de Cametá, no dia 17 de Agosto de 1829, filho do comerciante José Joaquim de Freitas e a senhora dona Thereza de Souza Corrêa. Perdeu o pai cedo, e foi morar com seu tio e tutor, tenente coronel João Augusto Corrêa em Belém. Mais adiante aos 11 anos matriculou-se no Seminário Arquidiocesano de Belém, concluídos os estudos médicos demonstrou vocação para a magistratura, queria tornar-se juiz, para servir a sociedade a serviço do justiça. Porém seus tios, o bacharel Ângelo Custódio Corrêa e o notável Marques de Santa Cruz, despertaram nele o interesse pela medicina. Assim foi que, após os ditos separatórios, Joaquim Pedro seguiu para Salvador, na Bahia, onde funcionava o mais importante curso médico do Brasil, e então sob proteção do Arcebispo de Salvador, seu amigo, cursou medicina. Recebido o grau de doutor em medicina, o já Dr. Freitas, seguiu para Europa com o objetivo de aperfeiçoar-se sua medicina e sua cultura. Neste périplo, visitou e conheceu Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Áustria, Alemanha, Suíça, Itália, Grécia, Espanha e Portugal. Veio convencido a servir os menos favorecidos da fortuna e combater a mancha da escravidão negra. Consolidou, também, seu interesse pela educação, sobre importantes estudos e produziu inúmeros trabalhos divulgados em diversos países. Chegou em Belém em 1855, e foi eleito deputado da Assembléia Legislativa da província, ingressando na vida pública e parlamentar, destacando-se por seus discursos em favor das classes pobres. Em 1856, achando-se vagas as cadeiras de Francês e geografia do Liceu, prestou concurso, e passou a reger em carácter efetivo a cadeira de francês. Anos depois, em 1862 foi escolhido para ser lente da mesma matéria no colégio paraense. Não servia medicina com grande intensidade, por esta envolvido pela vida pública e do magistério. Mas mesmo assim não abandonou completamente, atendendo a algumas pessoas em Belém, e quando visitava sua terra natal, com dedicação atendia aos pobres cametaenses. Em 1874, o governo, solicitou sua ajuda e sua cultura para o cargo de diretor geral da Instituição pública, que exerceu com brilho e dedicação até 1888, quando se aposentou. Usando sua extensa cultura e experiência, escreveu um compêndio de Geografia e História do Brasil para o uso da mocidade. Três livros de leituras e um Paleógrafo. Foi provedor da Santa Casa da Misericórdia, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, das sociedades geográficas de Paris, Lisboa, Rio de Janeiro, das ciências médicas de Portugal, foi cavaleiro e oficial da ordem da rosa e tenente coronel da guarda nacional. Abolicionista convicto, propagandista da abolição, Publicista, e dedicou-se e redigiu vários jornais.
Foi deputado oito vezes à Assembléia da Província, chegando a ser seu presidente. Dirigiu o museu paraense.
Homem de posses, sempre destinou vultosas somas de sua fortuna pessoal para auxiliar estudantes pobres, sendo neste particular um benemérito.
Faleceu em 12 de abril de 1988. A imprensa denominou-o "O Operário da Educação"

2 comentários:

emerson andrade disse...

Meu pai tem 84 anos, estudou no livro "paleógrapho" e pediu-me para encontrá-lo na internet. Alguém pode me ajudar. Emerson Andrade (61)3222.1064; (61)3567.6699; (61)9971.9681.

Anônimo disse...

Estudei no Grupo Escolar Dr. Freitas, no período de 1959 a 1962, 1ª a 4ª séries do curso primário. Guardo com muito carinho essa época de minha vida, a qual me traz muitas saudades e boas recordaçõs do meu querido "dr. Freitas". Sou muito grato às minhas mestras, que nunca esqueci: profª Regina Ribeiro ( 1° ano ), Profª Auridéa Soares ( 2º ano ), Profª Elizabete Ribeiro ( 3º ano )e Profª Marlene ( 4º ano ). Sou médico e moro em São Vicente, SP.
Abraço a todos. Sejam felizes!
José Maria Evangelista Barbosa dos Santos
athosjose@terra.com.br.