terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sete de Setembro de 1822: Independência do Brasil


Brasil, a nossa Pátria Mãe, a terra onde nascemos e vivemos, lugar da história dos nossos antepassados, ora nativos, erroneamente chamados de índios pelos europeus, ou africanos arrancados de sua terra, mas que aprenderam a amar esta terra Brasil, ou europeus que vieram como colonizadores, mas que se renderam às belezas das cores, dos cheiros, dos sons..., todos brasileiros – povo brasileiro – não importando a ascendência, mas agora filhos desta “amada mãe gentil” tão sem apreço, maltratada...desvalorizada. É assim que os filhos devem tratar a mãe?
Como nação independente, neste Sete de Setembro de 2010, o Brasil está fazendo 188 anos compartilhados e comemorados de maneiras variadas por uma memória coletiva, pois do Norte ao Sul, apesar das diferenças, somos todos parte deste povo que precisa despertar para os significados de sua história. Não pensemos apenas nos heróis oficiais que aparecem nos livros, como o príncipe regente D. Pedro, que no quadro alegoria de Pedro Américo, tão conhecido, surge com seu impecável uniforme às margens do Riacho do Ipiranga, levantando sua espada e gritando: “ independência ou morte”, ou em seu pai, D. João VI de Portugal, que o aconselhou a romper com Portugal, antes que outros o fizessem. Pois o Sete de Setembro, historicamente, tem tal significado, o Brasil iniciou este rompimento a partir da transferência, em 1808, da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro. O Brasil que era colônia desde 1500, passava para a condição de Reino Unido de Portugal em 1815. Com a Revolução Liberal do Porto de 1820, D. João foi obrigado a retornar a Portugal, deixando seu filho regente que fez a “nossa independência” segundo os interesses portugueses. Daí uma nação foi sendo construída. Novas leis foram elaboradas, a primeira constituição brasileira, a de 1824. Leis que privilegiavam as elites, mas por serem injustas, motivaram movimentos sociais protagonizados por um povo corajoso que sonhava com a verdadeira liberdade.
Pensemos nos personagens populares que se assemelhavam a nós, também heróis anônimos, mas que no seu cotidiano lutavam por uma vida melhor, mais digna, povo sem direitos, povo que trabalhava nas lavouras de açúcar e café, castigados pelo chicote, pela fome, ignorância e discriminações. Excluídos de um processo histórico, mas verdadeiramente agentes de transformação de uma sociedade em formação.
Hoje, o cidadão brasileiro anda cabisbaixo, humilhado por tanta corrupção no meio político, mas não podemos esquecer da nossa amada mãe e, como filhos, nos motivaremos a cuidar daquilo que é nosso bem comum. De que maneira? Sendo bons cidadãos críticos e participativos, não nos deixando contaminar pelo desânimo. Entoemos o hino da nossa nação, com o coração em rejubilo, demos ao Brasil o que de melhor há em nós: o nosso amor, este sentimento que nos une como um só povo. Viva o Brasil! Viva o povo brasileiro!
Profª Semirames Libonati

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